HABITO
Habito no corredor
....Das paredes nuas
Da minha memória
....Vómito de vinho
Amargo na boca
....Sou nevoeiro
Ou uma neblina
...Ponto, sílaba, vaga
Rosa vinha-virgem
...Véu negro do alpendre
Livra-me dos perigos
....De todos os inimigos
E por todos aqueles
.....Que esperam à muito
A minha vã morte
....Descalça entre as folhas
Voo dessa eminência
.....No espelho do desejo
Em compaixão eterna
......crescente o silêncio
Nesta dor em agonia
.....Desperto no leito do rio
Desta guerra a minha
....Habito no quente fogo
Labaredas da memória
....Para me tentar salvar.
Habito no corredor
....Das paredes nuas
Da minha memória
....Vómito de vinho
Amargo na boca
....Sou nevoeiro
Ou uma neblina
...Ponto, sílaba, vaga
Rosa vinha-virgem
...Véu negro do alpendre
Livra-me dos perigos
....De todos os inimigos
E por todos aqueles
.....Que esperam à muito
A minha vã morte
....Descalça entre as folhas
Voo dessa eminência
.....No espelho do desejo
Em compaixão eterna
......crescente o silêncio
Nesta dor em agonia
.....Desperto no leito do rio
Desta guerra a minha
....Habito no quente fogo
Labaredas da memória
....Para me tentar salvar.
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