quarta-feira, 15 de junho de 2016

🌹QUANDO FOR PÓ OU POEIRA🌺


PÓ OU POEIRA

Quando um dia desses eu for
Poeira serei um pouco de nada
Serei uma folha levada pelo vento
Na madrugada invisível sem sorte
Ou talvez tenha, visto estar morto
No delicioso momento do passado

Presente das flores que enfeitam
A vida, enfeitando a morte como um
Fruto maduro em sonho esquecido
Na mente, somos isca, somos ego
Somos egoístas nesta terra de selvagens
Eu sou produto deste veneno que bebo

A morte não é nada, morte absoluta
Do corpo, da mente, reza, sorri, vive
Porque um destes dias eu, tu, ele, será pó
Poeira levada pelo vento como uma folha
Invisível, do triste ou alegre despojo da carne
Da nossa alma que faz o caminho do céu.


Aldeia Gebelim-Trás-os-Montes 

2 comentários:

  1. Obrigada pela partilha! Parabéns! Beijos!

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  2. Poema melancólico, mas bem realista.
    Desde que nascemos, trazemos conosco um presente envenenado que poderá ser bom ou mau, pois a morte é uma certeza e dela não nos livramos. ✍️⌛

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