MEU Ó MAR
Ó mar que me queimas
E calas este meu corpo
Nas ondas enlaçadas de dor
Como relâmpagos de navalhas
Ó mar que dos astros caem
No vazio de um céu estrelado
As raízes sepultadas no oceano
No morto que se recusa a morrer
Ó mar que não rompas a sepultura
Nas labaredas de tanta perfeição
Sem o ciúme das ondas do meu ser
Na renovada solidão que me é imposta
Isabel Morais Ribeiro Fonseca